Tarifaço de Trump força os políticos a pensarem no país, não em si mesmos

Mulheres do agro



A tarifa de 50% imposta pelos Estados Unidos sobre os produtos brasileiros é um soco no estômago da economia nacional. Mas talvez, mais do que um ataque estrangeiro, ela funcione como um espelho cruel: mostrou que o Brasil está vulnerável não apenas lá fora — mas aqui dentro, onde a política virou teatro de vaidades.

Por meses, o país tem sido refém de disputas pequenas, onde Executivo, Congresso e Judiciário se atacam como se o colapso do outro fosse a salvação. A máquina pública virou palco de interesses pessoais, estratégias eleitorais e revanches institucionais. Não há pacto. Não há rumo. E, pior, não há vergonha.

Mas agora, com um inimigo externo pressionando, talvez seja o momento de deixar de lado o egoísmo que tomou Brasília, e finalmente vestir a camisa do país.

A medida dos EUA, ao mirar o agronegócio, a indústria e o comércio exterior brasileiro, atinge não apenas setores econômicos, mas a autoestima de uma nação. E diante disso, cresce o consenso de que é hora de reagir como país, e não como facções ideológicas brigando por likes e narrativas.

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Nos bastidores, líderes dos Três Poderes começaram a ensaiar uma articulação para uma resposta institucional coordenada. Não porque viraram patriotas de repente, mas porque entenderam que o dano político pode ser ainda maior que o comercial. A verdade é simples: o Brasil só sobrevive se deixar de ser um campo de batalha interno.

Está na hora de Brasília acordar. A classe política precisa parar de brincar com o país como se fosse um tabuleiro de xadrez particular. A tarifa de Trump é o alerta final: ou se constrói um projeto de nação, que envolva soberania econômica, diplomacia estratégica e reconstrução produtiva, ou o Brasil continuará sendo alvo fácil para potências que sabem muito bem o que querem.

Enquanto nossos líderes jogam para a torcida, outros países jogam para vencer. O mundo não espera. E o povo brasileiro não aguenta mais pagar a conta da irresponsabilidade política.



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